quinta-feira, 12 de julho de 2012

Nos braços da torcida, Palmeiras desembarca com festa em SP

São Paulo - A delegação do Palmeiras desembarcou em São Paulo na manhã desta quinta-feira, por volta de 08h20 (de Brasília), e foi recepcionada no saguão do Aeroporto de Congonhas com festa por cerca de 100 torcedores. Na noite da última quarta-feira, ao empatar com o Coritiba no Couto Pereira, o clube conquistou pela segunda vez o título da Copa do Brasil, repetindo o feito de 1998, e quebrou um jejum de 12 anos sem conquistas nacionais - a última havia sido a Copa dos Campeões de 2000.
O avião que partiu de Curitiba deveria chegar às 7h52, mas, aproximadamente uma hora antes, dez torcedores já agitavam o aeroporto da zona sul de São Paulo. Por volta das 7h26, a primeira parte da delegação chegou trazendo jogadores jovens e o argentino Hernán Barcos.
Torcedores que vieram nesse voo e outros que chegavam aumentaram a aglomeração. O desembarque dos passageiros foi atrapalhado pela multidão que se juntou à frente do portão para esperar os jogadores. Os seguranças formaram um corredor e permitiram a passagem de apenas uma pessoa por vez.
Após o empate por 1 a 1 com o Coritiba, o técnico Luiz Felipe Scolari desconversou sobre uma possível renovação do seu contrato, que termina ao fim do ano. A torcida aproveitou a oportunidade para fazer o seu apelo, embora o gaúcho ainda não tivesse chegado a São Paulo. "Fica, Felipão. Ano que vem, vamos para o Japão", gritaram. O Palmeiras está classificado para a Copa Libertadores e, se vencê-la, garante vaga no Mundial de Clubes de 2013 que, no entanto, será disputado no Marrocos, e não mais no Japão.
Os presentes também mencionaram a Rede Globo. A emissora carioca pediu que a primeira partida da decisão fosse adiada para facilitar a transmissão, mas não veiculou o jogo: "Globo, vai se f..., meu Palmeiras não precisa de você".
À medida que a torcida desembarcava, a multidão aumentava, e a espera causou chateação. Entediados e cansados, afinal a comemoração começou por volta da meia noite do dia anterior, os torcedores passaram a entoar gritos de guerra incomuns, brincando com os passageiros. Entre eles, houve até uma menção honrosa ao preparador de goleiros Carlos Pracidelli, "o melhor do Brasil".
O avião finalmente chegou às 8h02, dez minutos atrasado, e os mais de cem palmeirenses recuperaram a animação. Eles ficaram em volta dos jogadores que passavam pelo portão de desembarque e os acompanharam até as duas vans paradas do lado de fora. Os seguranças faziam o possível para apressar o trajeto e, nessa confusão, sobraram cotoveladas e empurrões à imprensa e aos passageiros "comuns".
"É incrível", surpreendeu-se o argentino Barcos, artilheiro do Palmeiras na Copa do Brasil com quatro gols, e fora da decisão por causa de uma crise de apendicite. Valdivia foi expulso no primeiro jogo e também não esteve em campo no Couto Pereira, mas foi o responsável por carregar a taça pelo meio da torcida e levá-la em segurança até as vans. Em seguida, o elenco embarcou em um trio elétrico para uma carreata pelas ruas de São Paulo.

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